O Instituto Palavra Aberta e a UNESCO firmaram uma parceria para promover a educação midiática dos jovens brasileiros. A cooperação vai capacitar professores para que trabalhem com seus alunos temas como o acesso à informação no mundo digital e a função das mídias nas democracias.
A primeira ação da iniciativa será a construção de um currículo para a formação de professores, a partir de diretrizes já publicadas pela agência da ONU sobre o tema. As instituições vão se articular para promover essa grade de conteúdos em cursos de Pedagogia (Licenciatura) e Letras. Segundo o organismo das Nações Unidas e o Palavra Aberta, a educação midiática está contemplada em diversas áreas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), seja nas competências gerais ou em habilidades específicas — o que torna oportuna a parceria entre as duas instituições.
Na BNCC, a educação midiática visa entender como utilizar e criar informação de maneira responsável. Entre as dez competências gerais presentes no documento, a que diz respeito à cultura digital prevê que o aluno seja capaz de “compreender, utilizar e criar tecnologias de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais”. Questões como a análise e produção de notícias, as reflexões sobre o papel da publicidade e o entendimento sobre o ambiente da desinformação são habilidades contempladas no Campo Jornalístico-Midiático da Base Nacional para o Ensino Fundamental 2.
Em sua proposta de matriz curricular, a UNESCO ressalta que a educação midiática aprimora a capacidade das pessoas de exercer os seus direitos humanos fundamentais. Entre os principais benefícios desses conteúdos, estão a capacitação dos professores e a transmissão de conhecimentos cruciais sobre as funções das mídias e dos canais de informação nas sociedades democráticas.
Para o Palavra Aberta, a educação midiática é um tema amplo e multidisciplinar, entendida como o conjunto de habilidades para acessar, analisar, criar e participar de maneira crítica do ambiente informacional e midiático em todos os seus formatos — dos impressos aos digitais. Essa formação é vista pela organização como um requisito fundamental para a formação do cidadão e para o fortalecimento da democracia.
Fonte: Signis Brasil